terça-feira, 15 de março de 2011

Pinturas Egípcias-Rodrigo Gonçalves Pazzianotto N 30 6C

                                        Pinturas Egípcias


É uma pintura essencialmente simbólica, que segue vigorosos padrões de representação, como a lei da frontalidade. As áreas espaciais são bem definidas e o tamanho e posição das figuras no espaço são estipulados segundo regras hierárquicas. Os traços são estilizados e rígidos, as formas são bidimensionais (ausência de volumetria), e a cor é aplicada em manchas uniformes.
Características

O aparente "primitivismo" da arte das pinturas egípcias é devido à função essencialmente simbólica que a arte representa. Todas as figuras eram mostradas do ângulo que podiam ser mais bem identificadas. O aspecto, assim, era eminentemente esquemático.


Pintura Cerimonial de Túmulos

Mesmo assim, a pintura cerimonial de tumbas é certamente a mais lembrada até hoje. Os antigos egípcios criaram pinturas para fazer da vida pós-morte um lugar agradável. Os temas incluíam a jornada para o outro mundo ou divindades protetoras que apresentavam o morto para os deuses do pós-morte. Algumas pinturas mostram as atividades que o morto gostava de fazer quando era vivo e que, certamente, gostaria de continuar fazendo por toda a eternidade.No Antigo Egito a pintura aplica-se a espaços arquitetônicos, especialmente aqueles relacionados com o culto dos mortos, como túmulos de faraós. Contudo, egípcios ricos tinham murais em casa, elaborados em estilos de rica textura. Outras pinturas podem ser encontradas em papiros e juntamente com hieróglifos.

Mesmo assim, a pintura cerimonial de tumbas é certamente a mais lembrada até hoje. Os antigos egípcios criaram pinturas para fazer da vida pós-morte um lugar agradável. Os temas incluíam a jornada para o outro mundo ou divindades protetoras que apresentavam o morto para os deuses do pós-morte. Algumas pinturas mostram as atividades que o morto gostava de fazer quando era vivo e que, certamente, gostaria de continuar fazendo por toda a eternidade.




Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

Pinturas Egípcias - Lorenzo Poianas n°20 6c

A Pintura egipcia antigo significou o aparecimento da pintura,muitos anos após às Pinturas Rupestres.Os artistas estavam mais interessados na arquitetura e escultura,por isso muitas das pinturas que ainda permanecem são decorações de cachão.
É uma pintura essencialmente simbólica,que segue rígidos padrões,como a Lei da Frontalidade,que determina o tronco da pessoa ser representado sempre de frente,enquanto sua cabeça,suas pernas e seus pés são, vistos de perfil.Há também a ausência de três dimensões,ignorância na profundidade e a cor é aplicada em manchas uniformes.Quanto a hierarquia na pintura:eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino,ou seja,nesta ordem de grandeza:o rei,a mulher do rei,o sarcedote, os soldados e o povo.As figuras femininas eram pintadas em ocre,enquanto as masculinas pintadas de vermelho. No Antigo Egito a pintura aplica-se a espaços arqitetônicos,especialmente aqueles relacionados com o culto dos mortos,como túmulos de faraós.Porém os mais ricos possuiam murais em casa,elaborados em estilos de alta textura. Existem pinturas encontradas em papiros e juntamente com hieroglifos.Os rolos de papiros têm como peça fundamental os Livros dos Mortos,ricamente decorados,onde continham instruções para se guiarem depois da morte e eram colocados junto ao defunto,no interior da tumba. A matéria prima da pintura egípcia era uma cola fabricada com cores minerais aplicada sobre uma camada de gesso branco que cobre a parede.Usa tintas planas,sem matizações,durante o Império Antigo(sobre 2700-2600 a.C) e Médio(2060-1786 a.C),e só com a XVIII dinastia(1560-1309 a.C)começa-se a introduzir o uso dos meios tons,numa época que se torna visível certa tendência ao prociosismo. O máximo da pintura Egípcia foi durante o Império Novo,em especial com a XVIII dinastia.




fonte:artes antigas e contemporânia   

Pintura Egípcia - Luca Romeiro Denapoli nº 21

A arte egípcia refere-se à arte desenvolvida e aplicada pela civilização do antigo Egipto localizada no vale do rio Nilo no Norte da África. Esta manifestação artística teve a sua supremacia na religião durante um longo período de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos últimos 3000 anos antes de Cristo e demarcando diferentes épocas que auxiliam na clarificação das diferentes variedades estilísticas adoptadas: Período Arcaico, Império Antigo, Império Médio, Império Novo, Época Baixa, Período Ptolemaico e vários períodos intermédios, mais ou menos curtos, que separam as grandes épocas, e que se denotam pela turbulência e obscuridade, tanto social e política como artística. Mas embora sejam reais estes diferentes momentos da história, a verdade é que incutem somente pequenas nuances na manifestação artística que, de um modo geral, segue sempre uma vincada continuidade e homogeneidade.
O tempo e os acontecimentos históricos encarregaram-se de ir eliminando os vestígios desta arte ancestral, mas, mesmo assim, foi possível redescobrir algo do seu legado no século XIX, em que escavações sistemáticas trouxeram à luz obras capazes de fascinar investigadores, coleccionadores e mesmo o olhar amador. A partir do momento em que se decifram os hieróglifos na Pedra de Roseta é possível dar passos seguros a caminho da compreensão da cultura, história, mentalidade, modo de vida e naturalmente da motivação artística dos antigos egípcios.

 

 Motivação e objetivos


Creation of Adam (Michelangelo) Detail.jpg

A arte do antigo Egito serve políticos e religiosos. Para compreender a que nível se expressam estes objetivos é necessário ter em conta a figura do soberano absoluto, o faraó. Ele é o representante de Deus na Terra e é este seu aspecto divino que vai vincar profundamente a manifestação artística.
Deste modo a arte representa, exalta e homenageia constantemente o faraó e as diversas divindades da mitologia egípcia, sendo aplicada principalmente a peças ou espaços relacionados com o culto dos mortos, isto porque a transição da vida à morte é vista, antecipada e preparada como um momento de passagem da vida terrena à vida após a morte, à vida eterna e suprema.
O faraó é imortal e todos seus familiares e altos representantes da sociedade têm o privilégio de poder também ter acesso à outra vida. Os túmulos são, por isto, dos marcos mais representativos da arte egípcia, lá são depositados as múmias ou estátuas (corpo físico que acolhe posteriormente a alma, ka) e todos os bens físicos do cotidiano que lhe serão necessários à existência após a morte.

 Estilo e normas


Pintura de oferendas na câmara tumular de Menna.

Pintura na câmara tumular de Nefertari, mulher de Ramses II.
A arte egípcia é profundamente legal.Todas as representações estão repletas de significados que ajudam a caracterizar figuras, a estabelecer níveis hierárquicos e a descrever situações. Do mesmo modo a "simbologia" serve à estruturação, à simplificação e clarificação da mensagem transmitida criando um forte sentido de ordem e racionalidade extremamente importantes.
A harmonia e o equilíbrio devem ser mantidos, qualquer perturbação neste sistema é, consequentemente, um distúrbio na vida após a morte. Para atingir este objetivo de harmonia são utilizadas linhas simples, formas estilizadas, níveis rectilíneos de estruturação de espaços, manchas de cores uniformes que transmitem limpidez e às quais se atribuem significados próprios.
A hierarquia social e religiosa traduz-se, na representação artística, na atribuição de diferentes tamanhos às diferentes personagens, consoante a sua importância. Como exemplo, o faraó será sempre a maior figura numa representação bidimensional e a que possui estátuas e espaços arquitectónicos monumentais. Reforça-se assim o sentido simbólico, em que não é a noção de perspectiva (dos diferentes níveis de profundidade física), mas o poder e a importância que determinam a dimensão.

 As cores

A arte egípcia, à semelhança da arte grega, apreciava muito as cores. As estátuas, o interior dos templos e dos túmulos eram profusamente coloridos. Porém, a passagem do tempo fez com que se perdessem as cores originais que cobriam as superfícies dos objetos e das estruturas.
As cores não cumpriam apenas a sua função primária decorativa, mas encontravam-se carregadas de simbolismo, que se descreve de seguida:
  • Preto (kem): era obtido a partir do carvão de madeira ou de pirolusite (óxido de manganésio do deserto do Sinai). Estava associado à noite e à morte, mas também poderia representar a fertilidade e a regeneração. Este último aspecto encontra-se relacionado com as inundações anuais do Nilo, que trazia uma terra que fertilizava o solo (por esta razão, os Egípcios chamavam Khemet, "A Negra", à sua terra). Na arte o preto era utilizado nas sobrancelhas, perucas, olhos e bocas. O deus Osíris era muitas vezes representado com a pele negra, assim como a rainha deificada Ahmés-Nefertari.
  • Branco (hedj): obtido a partir da cal ou do gesso, era a cor da pureza e da verdade. Como tal era utilizado artísticamente nas vestes dos sacerdotes e nos objetos rituais. As casas, as flores e os templos eram também pintados a branco.
  • Vermelho (decher): obtido a partir de ocres. O seu significado era ambivalente: por um lado representava a energia, o poder e a sexualidade, por outro lado estava associado ao maléfico deus Set, cujos olhos e cabelo eram pintados a vermelho, bem como ao deserto, local que os Egípcios evitavam. Era a vermelho que se pintava a pele dos homens.
  • Amarelo (ketj): para criarem o amarelo, os Egípcios recorriam ao óxido de ferro hidratado (limonite). Dado que o sol e o ouro eram amarelos, os Egípcios associaram esta cor à eternidade. As estátuas dos deuses eram feitas a ouro, assim como os objetos funerários do faraó, como as máscaras.
  • Verde (uadj): era produzido a partir da malaquite do Sinai. Simboliza a regeneração e a vida; a pele do deus Osíris poderia ser também pintada a verde.
  • Azul (khesebedj): obtido a partir da azurite (carbonato de cobre) ou recorrendo-se ao óxido de cobalto. Estava associado ao rio Nilo e ao céu.

[editar] Lei da Frontalidade

Embora seja uma arte estilizada é também uma arte de atenção ao pormenor, de detalhe realista, que tenta apresentar o aspecto mais revelador de determinada entidade, embora com restritos ângulos de visão. Para esta representação são só possíveis três pontos de vista pela parte do observador: de frente, de perfil e de cima, e que cunham o estilo de um forte componente de estática, de uma imobilidade solene.
O corpo humano, especialmente o de figuras importantes, é representado utilizando dois pontos de vista simultaneos, os que oferecem maior informação e favorecem a dignidade da personagem: os olhos, ombros e peito representam-se vistos de frente; a cabeça e as pernas representam-se vistos de lado.
O fato de, ao longo de tanto tempo, esta arte pouco ter variado e se terem verficado poucas inovações, deve-se aos rígidos cânones e normas a que os artistas deveriam obedecer e que, de certo modo, impunham barreiras ao espírito criativo individual.
A conjugação de todos estes elementos marca uma arte robusta, sólida, solene, criada para a eternidade.

O artista


Ilustração de Imhotep, o primeiro arquitecto conhecido.
Os criadores do legado egípcio chegam aos nossos dias anônimos, sendo que só em poucos casos se conhece efectivamente o nome do artista. Tão pouco se sabe sobre o seu carácter social e pessoal, que se crê talvez nem ter existido tal conceito no grupo artístico de então. Por regra, o artista egípcio não tem um sentido de individualidade da sua obra, ele efectua um trabalho consoante uma encomenda e requisições específicas e raramente assina o trabalho final. Também as limitações de criatividade impostas pelas normas estéticas, e as exigências funcionais de determinado empreendimento, reduzem o seu campo de actuação individual e, juntamente com o facto de ser considerado um executor da vontade divina, fazem do artista um elemento de um grupo anónimo que leva a cabo algo que o transcende.
O trabalho é efectuado em oficinas, onde se reúnem os executores e os seus mestres nas diferentes tipologias artísticas, escultores, pintores, carpinteiros e mesmo embalsamadores. Nestes locais trabalha-se em série e os trabalhos saem em série.
No entanto é possível identificar diferenças entre distintas obras e estilos que reflectem traços individuais de determinados artistas, onde se observam, por exemplo, inovações a nível de composição decorativa. Do mesmo modo tanto é possível reconhecer artistas com talento, genialidade e perfeito conhecimento dos materiais em obras de grande qualidade, como artistas que se limitam a fazer cópias.
Mas o artista é também visto como um indivíduo com uma tarefa divina importante. Mesmo que se trate de um executor ele necessita de contacto com o mundo divino para poder receber a sua força criadora. Sem ele não seria possível tornar visível o conteúdo espiritual, o invisível. O próprio termo para designar este executor, s-ankh, significa o que dá vida.

 Variantes temporais

A arte egípcia prima, de um modo geral, pela constante homogeneidade e expressa um mundo pictórico e formal únicos. Esta característica cunha a arte de tal modo, que a identificação de determinada obra como pertencente a este grande movimento estilístico não oferece dificuldade. Contudo existem algumas nuances no seu eixo estruturador que são, em grande parte, resultado da sucessão de acontecimentos históricos.

 Período Arcaico ou Tinita

Durante o Período Arcaico, e após a descoberta da escrita, o Egipto está unido e o seu desenvolvimento acelera, estabelecendo-se e cristalizando-se já aqui os traços principais do que será a arte egípcia. Pouco sobreviveu desta época, mas alguns túmulos e o seu respectivo recheio possibilitam uma ideia da arte da época. Perde-se o primitivismo formal e são ainda presentes alguma influências da arte mesopotâmica, especialmente nas fachadas de templos, e domina ainda o uso do adobe cozido ao sol, substituído no final do período pela pedra.

 Império Antigo


Pirâmides de Gizé
A III dinastia é remetida por alguns autores já para o início do Império Antigo. Com a transição para a pedra surge também a arquitectura monumental e a vincada noção egípcia de eternidade vinculada ao faraó. A mastaba assume-se como o túmulo para particulares por excelência, inicialmente em forma quadrangular ou de pirâmide truncada (mais tarde a pirâmide de degraus). As proporções do corpo humano tornam-se mais equilibradas e harmoniosas, cresce a atenção ao pormenor. É também desta altura Imhotep, o nome do primeiro construtor a ficar registrado, responsável pelo uso da pedra talhada e da sua aplicação, não só a uma função, como também a objetivos expressivos. A edificação assume um objetivo simbólico.
Com o Império Antigo estabelece-se a calma e a segurança, bases ao próspero e veloz desenvolvimento da sociedade onde se estabelecem hierarquias governamentais. Durante a IV dinastia edificam-se as monumentais pirâmides faraónicas de Gizé (Quéfren, Quéops e Miquerinos) que fascinam pela sua impressionante construção. Talha-se a Esfinge perto da pirâmide de Quefren em dimensões monumentais, assumindo-se e homenageando-se o poder faraónico, embora na V dinastia se reduzam as dimensões monumentais para proporções mais humanas. É também nesta altura que se impulsiona o gosto pelas estátuas-retrato de grande robustez pelo seu volume cúbico e imobilidade. As figuras apresentam-se de pé (em que a perna esquerda avança ligeiramente à frente) ou sentadas (na V dinastia surge também a posição do escriva sentado de pernas cruzadas) e denota-se a diferente coloração da pele usada nas figuras masculinas (mais escura) e femininas (mais clara). Em termos de decoração tumular propagam-se as representações realistas do quotidiano. Escultura

Uma tríade de Menkauré
No que diz respeito à escultura podem ser estabelecidas diferenças de concepção entre a estatuária real e a estatuária de particulares. Na primeira verifica-se um desejo de imponência, enquanto que a segunda tende para um maior realismo, detectável em trabalhos como o grupo escultórico de Rahotep e Nofert (IV dinastia).
A estátua do rei Djoser colocada no serdab do seu complexo funerário em Sakara revela ainda ligações com a arte do período anterior, mas como o rei Khafré e a sua conhecida estátua em diorite na qual o deus-falcão Hórus protege com as suas asas, oriunda do seu templo funerário em Guiza, nota-se já uma evolução. Do rei Menkauré chegaram até aos dias de hoje as chamadas díades e tríades. As primeiras consistem em estátuas do rei com a sua esposa, a rainha Khamerernebti II. Quanto às tríades, o rei surge representado com a deusa Hathor e uma personificação de um nomo.
Do tempo da V dinastia são escassas as estátuas de reis, mas em compensação abundam as estátuas de particulares. São desta época as várias estátuas de escribas que se encontram hoje em dia no Museu Egípcio do Cairo e no Museu do Louvre, que retratam estes funcionários na pose de pernas cruzadas, uma forma de representação que se manterá até à Época Greco-Romana.
Os materiais utilizados na escultura deste período foram diorite, granito, xisto, basalto, calcário e alabastro.

 Primeiro Período Intermediário

Os tempos políticos conturbados reflectem-se também na arte tornando-a quase inexistente e com uma maior incidência nos textos literários, que expressam a revolução espiritual da época. Através das pilhagens de túmulos, a arte restrita dos faraós e figuras de maior importância passa para a mão do homem “mortal” que acredita ter o mesmo privilégio da vida eterna.

 Império Médio

Após o período de decadência do poder central e de instabilidade política que foi o Primeiro Período Intermediário (e que se reflectiu na arte com o abandono dos cânones estabelecidos) inicia-se o Império Médio que corresponde à XI e XII dinastias.

 Arquitetura

Na arquitetura adaptam-se os padrões estilísticos anteriores ao nível da construção, procurando-se retomar a construção de pirâmides. Contudo, estas pirâmides não atingem a grandeza das pirâmides do Império Antigo. Construídas com materiais de baixa qualidade e com técnicas deficientes, o que resta hoje destas construções é praticamente um monte de escombros. As mais altas pirâmides construídas nesta época foram a de Senuseret III (78 metros) e a de Amenemhat III (75 metros).
Mentuhotep, monarca que reunificou o Egipto após o Primeiro Período Intermediário, manda construir nas região de Tebas Ocidental o seu complexo funerário, no qual se detectam elementos da arquitectura do Império Antigo, como um templo do vale que conduz através de um caminho processional ao templo funerário junto à rocha.

 Pintura e estrutura

A principal característica da pintura e baixos-relevos egípcios é a representação de figuras humanas segundo a lei da frontalidade, ou seja, com a cabeça e os pés de perfil e o resto do corpo de frente. Da escultura egípcia destaca-se o contraste entre estátuas colossais, rígidas e sem expressão dos faraós e as estatuetas de particulares, tais como funcionários e escribas, as quais apresentavam expressividade e naturalismo de movimentos. A expressão humana na escultura vai ganhar uma nova dimensão e realismo nesta época, passando-se a representar nas estátuas reais o envelhecimento. Mesmo a representação bidimensional perde a sua dependência dos cânones adoptando uma maior naturalidade e mesmo noções de profundidade tridimensional. Nesta época criam-se esfinges reais nas quais o rosto do monarca surge emoldurado por uma juba, como é o caso de uma esfinge de Amenemhat III. Os locais onde a Pintura do Antigo Egipto melhor se manifestou foram os túmulos dos governadores dos nomos, em cujas paredes se recriam cenas de caça, pesca, banquetes ou danças. Seguindo a tradição anterior, o dono do túmulo surge representado em tamanho superior às outras personagens. A pintura é realizada sobre estuque fresco ou sobre relevo.

 Artes decorativas e outras artes


Hipopótamo em faiança
As artes decorativas do Império Médio conhecem uma das épocas mais importantes, sobretudo no que diz respeito aos trabalhos de joalharia. Os amuletos, os pentes, os espelhos, as caixas e as candeiais caracterizam-se pela sua beleza. São bastante conhecidos os pequenos hipopótamos em faiança decorados com motivos vegetais.
A literatura desenvolve o gosto pelo provérbio, o romance, a história, passa também a obedecer a outras funções como as de influenciar a política, homenagear faraós e mesmo descrever e caracterizar profissões. Mas também a cunhar este momento está a inquietude herdada do período anterior.

 Segundo Período Intermediário

Este é mais um período escuro e de inseguridade do qual pouco se sabe e no qual se praticaram mais a matemática, a medicina e a cópia de papiros de épocas anteriores.

 Império Novo

 Arquitetura


Templo de Hatchepsut
No Império Novo dá-se de novo a unificação do Egipto e a arte volta ter mais uma das suas épocas de ouro, com um novo começo em que se vão reavivar as tradições do passado e em que as forças criadoras vão erguer vários edifícios de pedra de construção arrojada e que ainda hoje podem ser admirados.
Foi na capital do Império Novo, a cidade de Tebas, que se ergueram os grandes edifícios desta época. A divindade da cidade era Amon e seu principal centro de culto era o Templo de Karnak, ao qual praticamente todos os monarcas do Império Novo procuram acrescentar estruturas como pilones.
No Império Novo os reis abandonaram a tradição de serem sepultado em pirâmides, optando por mandar escavar os seus túmulos nos rochedos próximos, num local hoje são designado como Vale dos Reis. Nesta atitude são seguidos pelos altos dignitários. A principal razão para esta mudança estaria relacionada com uma tentativa de evitar os saques. Porém, a intenção revelou-se fracassada: dos túmulos desta era apenas chegaram intactos até à época contemporânea o de Tuntankhamon, o do casal Iuia e Tuia (genros do rei Amen-hotep III e pais da rainha Tié) e dos dignitários Sennedjem e Khai.
Num local conhecido como Deir el-Bahari encontra-se o templo funerário da rainha Hatchepsut, mandando construir pelo seu arquitecto Senemut. O templo enquadra-se perfeitamente na falésia de calcário em que se encontra, situando-se junto ao vizinho templo de Mentuhotep II, construído quinhentos anos antes.

 A arte de Amarna

Mas ainda na XVIII dinastia dá-se, com Amen-hotep IV (que mudou o nome para Akhenaton), uma revolução religiosa, em que o faraó proclama um "monoteísmo" com o culto de uma só divindade, o disco solar Aton. Nesta altura propaga-se o chamado “Estilo Ekhenaton” ou Estilo Amarniano (em função do nome moderno da cidade mandada construir por Akhenaton, Amarna), que se caracteriza por ser muito naturalista, em que se tenta quebrar com as regras anteriores da solidez e imobilidade. As obras deste período têm maior fluidez e flexibilidade. Principalmente na escultura assumem-se formas orgânicas e pouco geométricas, que atingem por vezes aspectos de caricatura. Os membros da família real são representados em cenas da vida familiar (aspecto completamente novo na arte egípcia) com crânios alongados, que não se sabe se seriam representações veristas da família (avançando alguns autores a hipótese de que a família real sofreria de síndrome de Marfan) ou apenas uma espécie de vanguarda artística. Apesar dos eventuais excessos, data deste período o famoso busto da esposa de Akhenaton, Nefertiti, descoberto em 1922 por uma equipa arqueológica alemã na casa do seu autor, o escultor Tutmés.
O gosto pela representação do mundo animal e vegetal está igualmente presente. Os sucessores de Akhenaton devolvem a arte aos padrões anteriores e com Tutancámon está-se já, de novo, no politeísmo.
Da XIX dinastia egípcia é de referir Ramsés II que impulsionou diversas construções. Neste momento dá-se o pico da pintura e do relevo e a literatura abandona o pessimismo voltando-se para o relato ligeiro de histórias mitológicas, fábulas, épicos de guerra e também para poesia romântica. Até ao final deste período vão-se impor estilos variados não representativos, que retomam antigas tradições, especialmente a nível da escultura.

 Terceiro Período Intermediário


Pendente em ouro de Osorkon II, que representa uma tríade de deuses composta por Osíris (ao centro), Hórus e Ísis
A época que se seguiu ao reinado de Ramsés III foi marcada pela progressiva desagregação do poder faraónico, sendo os últimos soberanos da XX dinastia meros reis fantoches. O Terceiro Período Intermediário, época que compreende cerca de trezentos e cinquenta anos e que corresponde à XXI até à XIV dinastias, vai continuar no essencial a arte desenvolvida no Império Novo.
Deste período destaca-se a perfeição alcançada no trabalho dos metais, que se detecta em trabalhos como as máscaras funerárias dos reis Psusennes I e Chechonk II, no pendente em ouro de Osorkon II e na estátua em bronze da adoradora divina de Amon Karomama. [1]

 Época Baixa

A XXVI dinastia conseguiu reunificar o Egito, dando início à Época Baixa que se desenrola até à XXX dinastia, embora a presença de povos estrangeiros, como líbios, núbios e persas, é constante neste período.
Durante a Época Baixa o centro do poder real vai localizar-se na região do Delta, onde se encontram as capitais das várias dinastias, como Sais, Mendes e Sebenitos. São nestas cidades que se ordenam os grandes trabalhos arquitectónicos.
Na escultura da Época Baixa verifica-se um arcaísmo, uma inspiração nos modelos da época do Império Antigo. Na XXVI dinastia nota-se igualmente o apuro na polidez da pedra, dando origem a trabalhos que alguns autores denominam como "arte lambida".

 Egipto ptolemaico


Templo de Filas, em Assuão.
Em 343 a.C. o Egito assiste ao segundo período de dominação persa que termina em 332 a.C., quando Alexandre Magno conquistou o Egito. Após a sua morte será fundada no país das Duas Terras, por um dos seus generais, Ptolemeu I, uma dinastia que governará o país até à conquista romana de 30 a.C..
Apesar da sua origem macedónia, a dinastia ptolemaica adoptou as formas artísticas dos Egípcios. Os reis ptolemaicos foram representados nos templos como os antigos faraós. Das obras que ainda hoje se podem visitar no Egito permaneceram, em maior parte, as do período grego onde a arte adquire a forte influência da harmonia helenística. São desta época os conhecidos templos de Ísis em Filas, o templo de Hórus em Dendera e o templo de Edfu.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Pintura do Egito - Guilherme Kimura Hernandes Nº10 6ºC

A pintura do Antigo Egito significou um ressurgimento da pintura, muitos anos após às pinturas rupestres. No Antigo Egito, os artistas estavam mais interessados na arquitetura e na escultura, por isso muitas das pinturas que ainda permanecem são decorações de tumbas.


Pintor desconhecido








Pintor desconhecido
                                                           RELEVO E PINTURA

O relevo obtem o seu efeito através da modelagem, da luz e da sombra, enquanto as obras de pintura o obtem pelo traço e pela cor, mas as técnicas de representação são, em ambos, basicamente as mesmas, sendo também ambos coloridos.
O relevo era alto, utilizado em interiores, ou baixo, que ficava melhor ao sol, nos exteriores. Os edifícios religiosos mais importantes e os melhores túmulos particulares eram decorados em relevo.
A pintura era também utilizada em túmulos particulares, onde a má qualidade da pedra tornava o relevo impossível, ou para poupar despesas, ou quando a obra não era permanente e a superfície a cobrir não era própria para relevo, como era o caso dos tijolos nas casas particulares e nos palácios reais. Embora a pintura fosse uma segunda escolha, existiam magníficas obras de pintura, cujas técnicas encorajavam os artistas a trabalhar mais livremente do que em relevo.
Um terceiro tipo, muito raro, é a representação em embutido. Um pequeno grupo de cenas de túmulos da Quarta Dinastia foi feito de pasta colorida embutida em pedra, tendo sido, mais tarde, o vidro e pedras de cor utilizados do mesmo modo sobretudo em pequenos objetos e para pormenores de relevos complicados.
No Egito, a escrita e a representação estão intimamente ligadas. Os próprios  sinais hieroglíficos são figuras cujas convenções não são muito diferentes das da representação. Pelo contrário, a maior parte dos quadros contém textos hieroglíficos que podem comentar a cena, fornecer informação não pictórica ou então dominar por completo o componente visual, como aconteece em alguns relevos de templos. Nos relevos tumulares, a figura principal é um hieróglifo muito aumentado, substituindo um sinal omitido no texto, que dá o nome da pessoa. Figura e texto são mutuamente dependentes.

                                    TÉCNICAS EM PINTURA, RELEVO E ESCULTURA

Em duas e em três dimensões, a base do trabalho do artista era o desenho preparatório. Utilizavam-se grelhas quadradas e conjuntos de linhas de orientação, de modo a segurar uma representação exata. Para o corpo humano, as grelhas baseavam-se em um quadro do tamanho do punho da figura a ser desenhada, que se relacionava proporcialmente com todas as outras partes do corpo. Em teoria, a grelha tinha de ser desenhada  de novo para cada figura de tamanho diferente, mas, na prática, as figuras de menor  importância eram talvez, muitas vezes, desenhadas livremente. Os desenhos preliminares eram inscritos dentro das grelhas e transformados no produto final por um processo de correção e elaboração em várias fases. É evidente que os artistas trabalhavam em grupos, sendo, provavelmente, especializados nas tarefas que realizavam.
As pinturas eram efetuadas por este processo, utilizando um fundo preparado, de pedra ou gesso, com uma ligeira demão de sulfato de cálcio hidratado. Os relevos eram esculpidos e depois pintados, o que implicava o desenho inicial, o entalhe e, em seguida, novos desenhos que serviam de base à pintura.
As obras de escultura começavam por blocos de forma regular, cujos lados principais serviam de superfície para grelhas e desenhos. A pedra era então retirada com o desenho servindo de guia. À medida que o trabalho ia progredindo, os desenhos eram renovados uma vez e outra, havendo obras quase completas que tem a linha do eixo vertical marcada no meio do rosto. Tal como no relevo, apagando as marcas de ferramentas e a aplicação da tinta.
A dificuldade técnica da escultura variava muito com os diferentes materiais, mas os egípcios dominavam, com as ferramentas mais simples, mesmo as substâncias mais duras disponíveis. O trabalho árduo era o principal componente do êxito, mas não pode explicar por si só a arte e a sofisticação dos seus produtos.
Fontes:Google imagens;
             Wikipedia e
             livro-O MUNDO EGÍPCIO-John Baines e Jaromír Málek

domingo, 13 de março de 2011

pintura egípcia - Gustavo Rapoport, nº 11


Grande parte das pinturas dos egípcios era feita nas paredes das pirâmides. Estas obras retratavam a vida dos faraós, as ações dos deuses, a vida após a morte entre outros temas da vida religiosa. Os egípcios não trabalhavam com a técnica da perspectiva (imagens tridimensionais). Os desenhos eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglífica* (as palavras e expressões eram representadas por desenhos).
As tintas eram obtidas na natureza (pó de minérios, substâncias orgânicas, etc).
Hieroglífica*:  Hieróglifo ou hieroglifo é cada um dos sinais da escrita de antigas civilizações, tais como os egípcios, os hititas, e os maias. Também se aplica, depreciativamente, a qualquer escrita de difícil interpretação, ou que seja enigmática.

A pintura egípcia, desenvolvida ao longo de três milênios, representou as tradições da cultura em que esteve interpretada através das convenções iconográficas*.
Iconográficas*: A iconografia , é uma forma de linguagem visual que utiliza imagens para representar determinado tema. A iconografia estuda a origem e a formação das imagens.

Embora figurativa, a pintura egípcia na essência é abstrata, porque não revela a observação direta da realidade, ou seja ela não retrata exatamente o que a figura quer representar.


A maioria das pinturas egípcias são feitas em um tipo de papel chamado papiro, uma planta da família das ciperáceas cujo nome científico e Cyperus papyrus. O papiro é obtido utilizando a parte interna, branca e esponjosa, do caule do papiro, cortado em finas tiras que eram molhadas, sobrepostas e cruzadas, para depois serem prensadas. A folha obtida era martelada, alisada e colada ao lado de outras folhas para formar uma longa fita que era depois enrolada.

Imagens:


FONTES:
http://pt.shvoong.com/humanities/arts/793782-pintura-eg%C3%ADpcia/      
http://pinturasegipciass.blogspot.com/2009/03/blog-post_20.html
http://www.suapesquisa.com/egito/arte_egipcia.htm
http://www.pitoresco.com.br/art_data/pintura/
http://taislc.blogspot.com/2008/09/pintura-egpcia.html
http://www.google.com.br/images?q=pintura%20eg%C3%ADpcia&rls=com.microsoft:pt-br:IE-SearchBox&oe=UTF-8&rlz=1I7GGLL_pt-BR&um=1&ie=UTF-8&source=og&sa=N&hl=pt-br&tab=wi&biw=1109&bih=569